segunda-feira, 26 de novembro de 2012

UM CAMINHO COM CORAÇÃO: A TRIBO DA SENSIBILIDADE?

José Saramago

José Saramago


Produzimos uma Cultura de Devastação. 
Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas e até inúmeras palavras das nossas línguas. 
A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar recôndito contempla pela última vez na Terra uma determinada flor. 
Konrad Lorenz não se enganou ao dizer que somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano. 
Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projeto por concluir. 
Falou-se bastante ultimamente do genoma e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança. 
Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder económico. 
Sempre me pareceu incrível que uma sociedade tão pragmática como a ocidental tenha deificado coisas abstractas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efémeras. 
Devemos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade... 

A Tribo da Sensibilidade é formada por pessoas sensíveis, solidárias, éticas, que apreciam a arte, a vida, a ecologia, e estão aí espalhadas por todo o planeta.
Um sentimento coletivo, mesmo que não verbalizado, ao invés de dominar o mundo, transforma-o pelo simples vínculo da contemplação.
Esta Tribo favorece um estar-juntos que não busca um objetivo a ser atingido, mas empenha-se, simplesmente, em cultivar aquilo chamado de "cuidado de si", que busca encontrar pessoas e partilhar com elas algumas emoções e sentimentos comuns.
Formação Pais/Encarregados Educação 

PNL- Iniciaçãoprograma e conteúdos


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

COMO SE CRIA UM PARADIGMA


COMO SE CRIA UM PARADIGMA
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No centro colocaram uma escada e, no cimo da escada, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria sobre os outros macacos que estavam no chão. Ao fim de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros davam-lhe um ensaio de pancada. Passado algum tempo já nenhum macaco subia a escada apesar da tentação das bananas. 
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada sendo rapidamente retirado pelos outros que lhe bateram.
Depois de algumas sovas, o novo macaco deixou de subir a escada.
Um segundo macaco foi substituído e repetiu-se a mesma história. O primeiro macacão que tinha sido substituído participou na “festa” com entusiasmo: deu também uma sova no novo macaco. Com um terceiro macacão, repetiu-se o mesmo e assim sucessivamente.
Até que os novos cinco macacos, mesmo sem nunca terem tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.
E se fosse possível perguntar-lhes porque é que batiam no que tentasse subir a escada, certamente que a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim..."


"E até dá para perceber a nossa semelhança com os primatas, que macacada!..."

terça-feira, 20 de novembro de 2012

OBJETIVOS: É natural uma pessoa regozijar-se por ter obtido um sucesso, mas, infelizmente - ou felizmente...

OBJETIVOS:

É natural uma pessoa regozijar-se por ter obtido um sucesso, mas, infelizmente - ou felizmente - é também muito natural que, algum tempo depois, esse sucesso já não seja suficiente; ele faz parte do passado e é preciso encontrar uma nova razão para continuar a caminhar com a mesma convicção para um novo objetivo. O único meio que nós temos de escapar a esta sensação de inutilidade e de vazio que se segue à realização dos nossos projetos é, pois, escolhermos um objetivo distante, tão distante que nunca o atingiremos. Se calhar pensam: «Porquê dirigir-se para algo impossível, inacessível? É na realização que reside o sentido da vida.» Não. O sentido da vida está na busca daquilo que é eternamente irrealizável, inacessível. Esta aspiração a qualquer coisa que, como o horizonte, parece afastar-se à medida que nós avançamos, penetra na nossa consciência, na nossa subconsciência, na nossa supraconsciência, mobiliza todas as nossas energias e abre-nos o caminho do infinito, da eternidade: já nada pode parar-nos.