A propósito das conversas no facebook
Frases bonitas, pensamentos positivos ou crenças limitadoras?
Seguramente já lhe disseram, já disse a alguém ou ouviu dizer nas mais variadas circunstâncias: «Pensa positivo!» E se calhar, naquele momento, como se fosse uma ordem hipnótica, obedeceríamos de bom grado se a mudança acontecesse com o simples facto de repetirmos mental ou verbalmente a frase. Por outro lado, ainda que não saibamos como é que isso se faz, «pensar positivo», podemos sempre especular com uma certa liberdade, idealizando a história, muitas vezes oposta, à situação que estávamos a viver. De todo o modo, estas serão sempre respostas ilusórias e nada fáceis para alterar e otimizar algum comportamento, o nosso estado emocional e até o próprio problema. Agora, perante a maioria das frases cheias de boas intenções que visionamos a cada momento no facebook ou noutros meios de comunicação a situação torna-se mais séria. Algumas destas frases, de autores famosos, ou não, são generalizações aprendidas de “más” experiências e desejos que projetam crenças limitadoras encobertas. Vejamos como exemplo esta frase: “Posso esquecer quem me deixou triste, mas não esqueço jamais de quem me fez feliz.” À parte de um português duvidoso, esta frase aparentemente inocente e cheia de boas intenções e ainda por cima diluída numa imagem que poderá ajudar a adormecer ainda mais as nossas defesas, contém um comando altamente limitador e de certo modo oculto que alimenta um problema real: “O outro é o responsável pela minha tristeza ou pela minha felicidade.” Portanto, de uma maneira ou doutra somos naturalmente empurrados para o papel de vítima. Cuidado, não “compre” tudo o que vê, seja criterioso pois somos seres altamente sugestionáveis e aquilo que consumimos e acreditamos alimenta profundamente a nossa identidade e a maneira como interpretamos e reagimos aos desafios da nossa vida. Do mesmo modo que nem tudo o que nos é oferecido como comida é um bom alimento para todos, também as várias fórmulas de felicidade que existem não são apropriadas para toda a gente. Autodescubra-se e aplique-se a elaborar o seu próprio guião antes que alguém o faça por si, gratuita ou dispendiosamente. Por outro lado, temos sempre uma vantagem. As sugestões hipnóticas que nos chegam por todos os lados só funcionam na realidade quando lhes damos o nosso poder, aceitando-as; para isso precisamos de autossugestionar-nos. Portanto, quando pretender projetar a responsabilidade nas forças externas, que até lhe dão uma certa ilusão de conforto e segurança, lembre-se que por outro lado transforma o seu caminho numa via tortuosa, que com toda a certeza o conduzirá no sentido contrário ao da sua realização pessoal. Aprenda a ser o seu próprio mago, pois não faltam por aí gurus ou hipnotizadores bem-intencionados, desejosos de lhe vender as suas poções milagrosas mais para o próprio interesse pessoal do que para a sua transformação pessoal.
“Nos meus cursos de PNL faculto aos cursistas ferramentas que lhes permitem conhecer a estrutura do pensamento positivo e de usá-lo facilmente ao seu favor. Aprendem também a desenvolver os recursos necessários com o propósito de se tornarem criadores e condutores responsáveis das suas próprias vidas.”
António Vieira
“Um bom mestre não é aquele que tem mais discípulos, mas o que cria mais mestres.”
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