E em quê o "deslumbramento" pode mudar a nossa relação com o mundo?
Passamos a maioria do nosso tempo a interpretar em vez de ver. E assim acabamos por projetar o nosso mundo interior com os nossos conteúdos em vez de nos deixarmos tocar pelo que está ali naquele precioso e único momento. O deslumbramento, que pode surgir quando nos encontramos diante de uma montanha é antes de mais uma impressão de outro tipo, que vem normalmente da profundidade do nosso ser, é como se uma porta se entreabrisse e nos permitisse ver o que estava ali realmente em vez de acedermos a uma interpretação de cariz cultural ou científica. O deslumbramento pode devolver-nos a nossa responsabilidade de co-criadores da nossa realidade. No sufismo, afirma-se que a criação, este misterioso recurso do ser, é um ato de emaravilhamento. O vínculo entre o deslumbramento e criação é um ponto crucial. Sem deslumbramento a fonte da nossa criatividade deixa de fluir.
Einstein também dizia: « O mais belo sentimento que podemos experimentar, é o do mistério, que é a fonte de toda a arte verdadeira e de toda a verdadeira ciência. Aquele que nunca conheceu este estado e que não possui o dom de emaravilhamento nem de encantamento, mais valia que não existisse: os seus olhos estão fechados.»
(...continua amanhã)
Einstein também dizia: « O mais belo sentimento que podemos experimentar, é o do mistério, que é a fonte de toda a arte verdadeira e de toda a verdadeira ciência. Aquele que nunca conheceu este estado e que não possui o dom de emaravilhamento nem de encantamento, mais valia que não existisse: os seus olhos estão fechados.»
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