A energia da raiva/cólera e como utilizá-la em pró dos relacionamentos 2 /3 por David Servan-Schereiber
2/3) Não é por acaso que a raiva é muitas vezes atribuída às pessoas mais poderosas. Átila teve acessos de raiva legendários. Mais perto de nós, o ex-presidente americano Bill Clinton e Nicolas Sarkozy cometeram excessos do mesmo tipo. Eles puderam permitir-se manifestar a sua cólera porque sabiam que os seus colaboradores não os abandonariam por isso. São situações constrangedoras. De facto, nas nossas próprias vidas – comuns a qualquer mortal -, escolhemos frequentemente envenenar-nos com a energia da raiva e depois expressá-la com aqueles que pensamos que não nos podem abandonar: os nossos parceiros, os nossos filhos, pais e amigos por exemplo. Permitimo-nos usar palavras que jamais ousaríamos empregar com outras pessoas: «Já não suporto a tua preguiça. És um inútil!» No entanto, a cólera é importante. Um grupo de macacos não consegue sobreviver se, de vez em quando, um deles não é colocado no seu lugar porque roubou ou feriu um dos seus congéneres. A raiva também é altamente regularizadora.
(continua amanhã...3/3)
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