(2/15) «Vi desfilar toda a minha vida e apercebi-me que tinha passado ao lado do que era mais importante, porque nunca tinha estado realmente atento aos pequenos detalhes de cada instante.»
O imperativo de acabar as nossas tarefas atravessa todas as grandes tradições. Com dois polos, entre os quais nós balançamos com alguma perplexidade: cada existência humana comportaria uma missão maior que ela própria, cada um teria um «desejo essencial» que o ultrapassa, uma motivação profunda, que precisaria muitas vezes de uma vida inteira para colocá-la ao dia, debaixo de um amontoado de desejos falsos; mas por outro lado, num momento crucial, seria sobre coisas muito mais modestas que uma vida se julgaria, se dissolveria e se libertaria. De um lado, a parábola do evangelho, que gostaríamos talvez de gritar a alguns génios, desviados para realizações irrisórias ou destrutivas: «Mas, então o que é que fizeste dos teus talentos?» Do outro lado, a humildade do exame final, sintetizado nesta observação comum a muitas das pessoas que saíram transformadas de uma experiência de morte iminente: «Vi desfilar toda a minha vida e apercebi-me que tinha passado ao lado do que era mais importante, porque nunca tinha estado realmente atento aos pequenos detalhes de cada instante.» Curiosamente, permanecer atento ao momento presente, sem pensar no ontem ou no amanhã, seria a condição das realizações primordiais, a libertação de determinismos que chegam a nós de vez em quando e de muito longe e que que nos impedem de nos realizarmos. Sobre várias gerações.
(continua...)
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PNL António Vieira
COACHING/Formação com PNL em Leiria/Fátima/Lisboa/Porto/Faro (individual/Casal ou Grupo)
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