sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Os pais: papel ou função? (4/5)

Os pais: papel ou função? 

(4/5) Quando ficamos conscientes destas motivações inconscientes, de imediato nos apercebemos de que são totalmente absurdas. O ego que se esconde por detrás delas passa a ser visível, assim como a sua disfunção. Alguns dos pais com quem falei aperceberam-se subitamente disto, dizendo: «Meu Deus, é isto que eu tenho anda­do a fazer?» Assim que nos apercebemos do que estamos ou do que temos andado a fazer, vemos igualmente a sua futilidade, e este padrão inconsciente acaba por desaparecer sozinho. A consciência é o maior agente da mudança.
Se os seus pais tomarem este tipo de atitude para consigo, não lhes diga que eles são inconscientes e que se encontram domina­dos pelo ego. Isso torná-los-á provavelmente ainda mais inconscien­tes, pois o ego tenderá a assumir uma posição defensiva. Basta, para tal, você reconhecer que é o ego deles que os faz agir desta maneira, não quem eles realmente são. Os padrões egóicos, mes­mo os que já vêm de há muito tempo, por vezes dissolvem-se qua­se como por milagre quando não nos opomos a eles no nosso ínti­mo. A nossa oposição só lhes acrescenta uma força renovada. Porém, mesmo que não se dissolvam, você pode então aceitar o comportamento dos seus pais com compaixão, sem ter necessidade de rea­gir a ele, ou seja, sem o personalizar.

ECKART TOOLE in “um novo mundo” DESPERTAR PARA A ESSÊNCIA DA VIDA

Sem comentários: