A investigadora russa Bluma Zeigarnick (1901 -1988) constatou a teoria da Gestalt, em 1927 em Berlin, onde ela trabalhava sob a direção de Kurt Lewin. Muito esquematicamente, Bluma Zeigarnick demonstrou que as situações resolvidas ficavam arrumadas numa caixa da cómoda da nossa memória, com a etiqueta “assunto encerrado”, permitindo-nos assim passar a outra coisa. Mas os assuntos inacabados permanecem como uma ruminação no nosso espírito durante meses, e até anos algumas vezes. Este fenómeno de ruminação, essencialmente inconsciente, foi batizado como o “efeito Zeigarnick”. Alguns psicólogos americanos tomaram este conceito nos anos 50, na universidade de Ann Harbor de Michigan, e tornou-se uma verdadeira escola de investigação. Outra investigação sobre o “efeito Zeigarnick” revelou que o luto não realizado pertence às tarefas inacabadas fundamentais. Existem pessoas bloqueadas toda a sua vida como consequência de um luto não resolvido de uma criança ou de outro familiar. Estas pessoas fazem altares à memória do desaparecido e não vivem a sua própria vida. É como se a sua vida estivesse congelada. Mas o luto não resolvido pode ter que ver também com uma relação, um amor, um país, um animal, um piano, uma vista através da janela, uma árvore, uma montanha, um braço, uma perna, um seio, um útero… Anne A. Schützenberger trabalhou com pessoas que sofriam o sintoma da dor fantasma no membro amputado. Um braço cortado pode doer ainda que não exista. Mas quando ela pedia à pessoa mutilada para fazer mentalmente alguns exercícios com o braço fantasma, movimentá-lo, esticá-lo, milagrosamente, a dor acabava por desaparecer, como se um gesto que tinha permanecido inacabado pedia para ser realizado, no espírito desta pessoa, que sofria então fisicamente o efeito Zeigarnick.
(continua...)
PNL António Vieira
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