Anne A. Schützenberger também se apercebeu que quando se trabalha sobre o plano transgeracional, e existe um luto não resolvido, este pode engendrar um sofrimento que pode durar muito tempo, e até transmitir-se de geração em geração. Como é que a transmissão de uma situação ancestral inacabada pode inscrever-se no nosso corpo até ao ponto de nos fazer fisicamente mal? Não sabemos, ainda que existam intuições na investigação. Aquilo que sabemos muito bem, e que já é considerado um facto científico, é que a ideia que temos acerca de uma dor ou de um acontecimento pode fazer-nos sofrer mais que o facto de viver na primeira pessoa essa experiência. Algumas investigações feitas nos USA sobre irmãos, em que um partiu para a frente da batalha e ficou ferido, enquanto o outro permanecia na sua cidade: quando foram medidos em ambos os níveis de cortisol, um indicador da dor, aquele que estava na frente de combate sofria menos no seu corpo do que aquele que tinha ficado em casa. Nas suas cartas, uma mãe escrevia à sua filha, que tinha bronquite: «Dói-me o teu peito.» Atualmente, sabemos que é a realidade. As teorias da ação explicam isto muito bem. Qualquer que sejam os nossos sofrimentos, se nós pudermos agir, mesmo prisioneiros num campo de concentração, num avião em vias de cair ou noutra situação de desastre, nós podemos dominar de algum modo a circunstância. Ao contrário, quando sofremos por outra pessoa, nós imaginamos e podemos fazer muito pouco ou nada. E isso traz sofrimento e pode traumatizar ainda mais. De uma maneira similar, o nosso sofrimento pode ser acrescido dramaticamente se formos influenciados por acontecimentos transgeracionais, isto é, pelas situações inacabadas dos nossos antepassados, sobre os quais não temos à priori nenhuma chave, pelo menos enquanto ignorarmos como isso se trabalha.
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