Isso trabalha-se, não acham? O ser humano é muito particular, e a sua caraterística mais marcante é que ele nasce prematuro, meio-terminado, um bebé muito mais inacabado que todos os seus primos animais, o que o torna permeável à cultura, e então à consciência. Esta, leva-o automaticamente a autoconstruir-se de mil maneiras, mas quando morre, ou mesmo centenário, ele continua inacabado. Este estado ou condição pode angustiar-nos nos períodos de alguma fragilidade ou de dúvida, mas se considerarmos bem, trata-se de uma condição de júbilo. A incompletude é a nossa marca, eis aqui talvez a coisa mais extraordinária que nos ensinou a modernidade! Somos uma obra em eterna realização e cada um de nós pode assumir-se como criador de si próprio, logo da humanidade, sabendo que ninguém jamais poderá colocar um “final cut” neste filme incrível…
Mas de repente, um mal-entendido instala-se…
Entre todas as minhas irrealizações pessoais, como escolher entre, as minhas quimeras fantasiosas, os meus fantasmas grandiosos, ou as minhas ideias fixas obsessivas, que a sabedoria me convidará preferivelmente a abandonar com algum humor e por outro lado, os sinais de alarme que, pelo contrário deveriam despertar-me, porque é simplesmente a minha motivação pessoal que se desfia, a minha razão de ser íntima que se denigra, o meu eixo que se dissolve? Como distinguir entre as renúncias que têm que ser feitas e as tarefas ou assuntos a finalizar com urgência? «Trabalhar» sobre o quê, como é sugerido por Anne Ancelin Schützenberger? Que «negócio acabar», retomando as palavras de Elisabeth Kübler-Ross?
A esta interrogação geral, a nossa busca aportará respostas concretas em três fases, cada vez mais íntimas:
· A primeira fase tem que ver com o trabalho propriamente dito, a vida profissional e a nossa maneira de agir.
· A segunda abarca toda a nossa vida quotidiana e o modo como as nossas neuroses de situações inacabadas podem metamorfosear-se em motores de evolução.
· A terceira, por fim, nos reconduz à maior proximidade de nós próprios, ao nosso sentir, aos nossos cinco sentidos, em suma ao nosso corpo, que poderá tornar-se em definitivo, o indicador mais seguro das tarefas que contam verdadeiramente para nós e que nós teremos todo o interesse em saber concluir.
(continua...)
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PNL António Vieira
COACHING/Formação com PNL em Leiria/Fátima/Lisboa/Porto/Faro (individual/Casal ou Grupo)
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